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Resenha: D.I.E. - II (EP, 2016)

Na luta desde 2010, o D.I.E. vem do estado de São Paulo – mais especificamente da cidade Botucatu – e busca referencias tanto no HardCore quanto no Thrash Metal, para produzir uma sonoridade forte, que ainda bebe na fonte do Groove. Como estréia fonográfica, a banda lançou o EP auto-intitulado ‘D.I.E.’, com quatro músicas em 2012. Já em 2016, após a boa receptividade por conta dos shows e do material, lançou este seu segundo EP, ‘II’, também com apenas quatro composições, e novamente em inglês.
Embalado naquele conhecido ‘envelopinho’ de papel, a arte de capa foi praticamente reaproveitada do primeiro EP, com a diferença crucial de contar com o título ‘II’, abaixo do logo, e ter as cores invertidas (com o branco ocupando o fundo, e o preto o logo). A gravação é bem aceitável e notada logo de cara, tendo sido feita no Odioground Studios, com produção de Fabiano Gil, Umberto Buldrini e da própria banda… Entretanto, o peso não ficou muito em evidência – possivelmente por conta do volume entre os instrumentos, que careceu de um melhor equilíbrio – e ao longo da curta audição, acaba fazendo com que sintamos sua falta.
Visualmente, nas fotos e apresentações, é curioso como a banda optou/opta por máscaras, o que gera ao mesmo tempo uma imagem diferenciada e ainda cria um certo suspense. Musicalmente, o fato de um EP possuir – naturalmente – um número menor de composições, acaba sendo um pouco frustrante, pois dá-se a impressão que a banda poderia ter arriscado mais em lançar um álbum completo, mas, enquanto o mesmo não sai, fiquemos com este aperitivo de quatro atos, chamado ‘II’.
Com um vocal que me remeteu ligeiramente ao de Carlos Lopes, da tradicional Dorsal Atlântica, assim como a performance dos músicos faz jus as faixas, que por sua vez, transitam entre momentos rápidos e outros mais ritmicamente calculados. Isso, é explicitado já na abertura com “Truth Like Yourself”, dispensando introduções e indo direto ao assunto, mostrando perfeitamente o
tipo de som que o D.I.E. executa. Soando sempre atual, o trabalho segue com a direta “Religion”, já se valendo de mais batidas aceleradas, enquanto que  “Space to Destroy” se inicia com uma interessante introdução, com arranjos misteriosos de teclado e efeitos, até que o som deságua em uma composição predominantemente cadenciada, com riffs bem fortes e algumas incursões aceleradas quase no final – chegando a ser ligeiramente mais diferente das demais. Por fim, “Lost” mantém a alternância rítmica descrita no início do parágrafo anterior e encerra bem o EP – que a cada audição soa melhor.
Confira você também este EP, e que venha o futuro ‘full length’!
Formação:
Charles Guerreiro (vocal);
Hell Hound (guitarra);
Roger Vorhees (baixo);
Mortiz Carrasco (bateria).

Por: Vitor Sobreira

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