Lançado
no ano 2000, Shine Again é o primeiro disco dos potiguares, buscando
inspirações desde a música clássica até as diversas inovações musicais. Gravado
em seu próprio Home Studio, o álbum conta com grandiosos corais, percussões
eruditas e a grande participação do maestro da orquestra sinfônica do Rio
Grande do Norte, Oswaldo D'Amore, executando os Violinos. Chegando a ser eleito,
por revistas especializadas em Metal e Sites Japoneses, como um dos cinco
melhores álbuns de Heavy Metal lançados em 2000, levando O Deadly Fate a abrir
shows internacionais para: Blind Guardian, Paul Di'Anno & Blaze Bayley, Angra, Dr. Sin, Stratovarius, Tim "Ripper" Owen, entre outros grandes nomes do metal
mundial.
Em
seu line up, podia-se contar com Mauro Oruam (vocalista
e guitarrista), Onofre Neto (guitarra), Marcos Flávio (baixo) e Wilbert
(bateria). O Deadly Fate segue a linha européia de se fazer heavy metal, com
elementos eruditos como violões, vozes e andamentos
épicos. Além disso, o Shine Again é um álbum completo, pois proporciona uma boa diversidade dentro do estilo.
épicos. Além disso, o Shine Again é um álbum completo, pois proporciona uma boa diversidade dentro do estilo.
O
disco abre com Excalibur, com uma introdução fantástica, podendo-se destacar
principalmente os vocais de Mauro Oruam, contando com um belíssimo arranjo de
corais e as guitarras rápidas e precisas de Onofre Neto. Em seguida vem a faixa
que dá nome ao disco. Shine Again é uma música poderosa, com um refrão que se
eleva à alma. A voz de Mauro se destaca nessa música, e os arranjos das
guitarras de Onofre Neto são simplesmente geniais.
The Time Took It Away é a
terceira faixa do álbum, uma belíssima balada onde Oruam mostra todo seu
potencial na voz. Destaque para o belíssimo solo de Mauro Oruam, unindo de
forma perfeita velocidade e feeling. O arranjo de corais só enriquece a canção,
trazendo um clima grandioso à faixa. Em seguida vem Power Of God, um Power
metal com riffs poderosos, refrão marcante e um grandioso coral.
Mortal
Fado é a quinta música do álbum, outro Power metal de altíssima qualidade, totalmente
instrumental, demonstrando todo o poder da guitarra de Onofre Neto.
Strings Poem vem em seguida. Uma linda música entre cordas (violão e
violino) é uma verdadeira obra erudita composta por Oruam. Um belo poema
escrito com cordas. Destaque, além do violão de Mauro Oruam, o violino executado com maestria pelo
Maestro Osvaldo D’Amore, falecido em 2012. Heavy Metal Moonlight vem na
seqüência, nela Oruam usa a voz mais limpa, com agudos apuradíssimos,
demonstrando toda sua extensão vocal
Death’s
Warning e Rich In Spirt vêm na seqüência, músicas com uma pegada mais
tradicional, riffs fantásticos e Oruam mais uma vez se destacando com toda sua
potência vocal. I’m A Light, uma linda balada, é a penúltima música do álbum.
Mauro demonstra muito sentimento, com uma voz ímpar, nos deixando um verdadeiro
espírito de esperança, tal qual a mensagem passada na letra da música. O álbum
se encerra com Goddess Of Greece, e que encerramento. Uma canção homérica, com
um instrumental fantástico, entrosadíssimo, e Oruam mais uma vez mostrando toda
sua potência vocal. Música que fecha o Shine Again de forma soberba.
O
Deadly Fate tem uma grande história no cenário nacional. Oriundos do nordeste
brasileiro, com sua grande qualidade, conseguiram abrir as portas do mundo,
trazendo um outro olhar a uma região conhecida mais pela sua música raiz. O
Deadly Fate está na história do Metal nacional como um dos grandes expoentes do
gênero, se destacando mundo afora, principalmente na Europa e no Japão.
Por Lúcio Amaral
Por Lúcio Amaral