Gabriel Hatoun, nascido em São Paulo (capital)
mora atualmente em Caraguatatuba, litoral norte, baterista das bandas Scars
From The Last Fight (Metal) e Guerrilha (Thrash Metal 80), atua também como
DrumTech de baterista renomados como Aquiles Priester (Hangar, Tony MaCalpine,
Noturnall), Henrique Pucci (Project46), Rodrigo Silveira (André Matos), Pedro
Tinello (Almah), Marcus Dotta (Warrel Dane), Mike Maeda (República) entre
outros.
FMBR:Gabriel,quando você decidiu que a
bateria seria seu instrumento,quem ou o que te inspirou a seguir este caminho?
G.Hatoun:Eu comecei bem cedo no mundo da bateria, com apenas 3
anos de idade eu já tinha um interesse muito grande pelo instrumento, lembro de
ter ganhado uma bateria de brinquedo da minha tia e ali eu passava a maior
parte do meu tempo, batucando, sem saber o que eu estava fazendo, foi então que
meu primo Cristiano Schneider fez o seguinte comentário: até que ele tem ritmo,
pronto, ali foi o ponto de partida, ganhei uma bateria de verdade e nunca mais
parei. Minha inspiração veio do meu primo, ele tocava bateria, eu sempre o
acompanhava nos ensaios da banda dele e no final sempre tinha um tempinho para
eu sentar na batera e ficar tocando, desse jeito fui aos poucos entrando nesse
mundo de banda e metal.
FMBR:Quando você decidiu seguir a
carreira na música encontrou apoio de amigos e familiares?
G.Hatoun:Eu sempre tive apoio da minha família e amigos, por
mais que eles soubessem que esse caminho seria difícil, principalmente sendo
aqui no Brasil e ainda mais sendo no metal, eu sempre tive o apoio deles,
principalmente da minha mãe, Arlete Hatoun, que foi a pessoa que mais me ajudou,
apoiou e incentivou me proporcionando equipamentos, estrutura, para que eu
pudesse seguir no meu sonho.
Foto:Irisbel Mello |
FMBR:Lendo a sua bio,no seu site,vi que
você já trabalhou e trabalha com muitos músicos experientes,o quão isso é
importante para você e para a sua carreira?
G.Hatoun:Além de ser baterista das bandas Scars From The Last
Fight (Metal) e Guerrilha (Thrash Metal 80), eu atuo como Drumtech também,
trabalho com bateristas renomados como Aquiles Priester (Hangar, Tony
MaCalpine, Noturnall), Henrique Pucci (Project46), Rodrigo Silveira (André
Matos), Pedro Tinello (Almah), Marcus Dotta (Warrel Dane), Mike Maeda (República)
entre outros, e o que eu posso dizer é que estar ao lado desses caras é
realmente incrível, poder hoje em dia
trabalhar com um baterista que eu sempre admirei,que é o caso do Aquiles
Priester, é realmente uma realização, eu passava horas vendo vídeos do Aquiles
tocando e hoje eu vejo ali de perto, ao vivo. Trabalhar com esses bateristas
tem sido um grande aprendizado e tem me gerado oportunidades incríveis, como
fazer turnês fora do país, trabalhar em grandes festivais como Monsters of
Rock, Rock in Rio, trabalhar com bateristas internacionais como foi o caso
quando fiz a turnê com o República, Noturnall e Adrenaline Mob, tive o prazer
de ser DrumTech do Chad Szeliga (ex-Black Label Society) que estava como batera
do Adrenaline Mob, e também conhecer e conviver como pessoas que eu tinha como
ídolos.
FMBR:Qual sua banda ou álbum preferido?
G.Hatoun:Eu não tenho como citar uma batera preferida ou um
álbum preferido, eu escuto muita coisa dentro e fora do
metal, então é difícil
demais responder essa pergunta, mas posso falar que Chris Adler é uma das
minhas maiores influências, por tanto o Lamb of God é uma banda que posso falar
que é a minha preferida.
FMBR:Qual o seu maior objetivo hoje?
Foto:Irisbel Mello |
G.Hatoun:Bom, o meu maior objetivo hoje é continuar vivendo da
música como venho fazendo, mais especificamente do metal, trabalhando como
DrumTech desses grandes nomes da bateria, mas também tenho o grande objetivo de
fazer a Scars From The Last Fight crescer, no ano passado lançamos nosso
primeiro álbum que teve uma repercussão é uma aceitação ótima por parte do
público e crítica especializada, nesse ano de 2016 estamos com muitos planos
para elevar ainda mais a banda e tenho certeza que os próximos trabalhos da
Scars From The Last Fight vai surpreender muito o público, estamos com uma nova
formação que conta com Diego Camargo (vocalista), Matheus Lorenzetti
(guitarrista), Douglas Lima (guitarrista), Emerson Oliveira (baixo), Gabriel
Hatoun (bateria) e garanto que estamos com força total para esse ano. O
Guerrilha está prestes a lançar seu primeiro álbum e posso afirmar que é o mais
puro Thrash Metal 80, rápido e direto.
FMBR:O que te motiva?
G.Hatoun:O que me motiva é o gosto que tenho por tudo isso, o
quanto eu gosto de estar ali no palco, seja tocando ou trabalhando, eu
realmente me sinto muito bem, é muito prazeroso estar ali ao lado de grandes
bateristas como Aquiles Priester.
FMBR:O que você acha do cenário do
rock/metal no Brasil atual?
G.Hatoun:O cenário rock/metal do Brasil, esse é um assunto
muito complicado, nós vivemos em um país que não tem essa cultura de fato, é
realmente muito difícil se viver do metal no Brasil, existem diversas bandas
muito boas aqui, mas não tem o incentivo necessário muito menos estrutura,
casas de show precárias, cada vez mais eu vejo pessoas pagando 200, 300, 400
reais para irem em shows internacionais, mas não pagam 20 reais para ir ver a
banda de um amigo tocar, realmente isso é muito triste, mas nós amamos o que
fazemos, esse estilo chamado metal, é como diz o Korzus na música Guerreiros do
metal, lutamos pelo metal.
FMBR:Qual foi o show mais marcante para
você até hoje (seja com sua banda ou com o seu trabalho de Drum Tech)?
Foto:Rodrigo Carmo |
G.Hatoun:Teve três ocasiões que foram marcantes pra mim, a
primeira foi um show que fiz com a Scars From The Last Fight na cidade de
Guaíra (interior de São Paulo), uma cidade bem pequena com 20 mil habitantes
apenas, a cidade nunca tinha recebido um show de metal, foi em uma praça da
cidade no evento Grito Rock, o público estava insano, quando acabou o show nós
não conseguíamos descer do palco, as pessoas se aglomeraram na escada e todos
queríamos fotos, autógrafos, pessoas chegavam em mim e diziam “cara, esse foi o
melhor dia da minha vida”, foi realmente muito gratificante. A segunda ocasião
foi também com a Scars From The Last Fight, participamos do ShowLivreDay e
fomos a banda vencedora com o maior número de visualizações, com isso ganhamos
um Estúdio ShowLivre completo. A terceira ocasião foi poder trabalhar em um dos
maiores eventos de música do mundo, o Rock in Rio, e ainda foi rodada dupla ao
lado do Aquiles Priester como seu DrumTech, primeiro com a Noturnall no palco
sunset e depois com o About2Crash no palco rock street, foi incrível.
FMBR:Qual foi a coisa mais
esquisita/curiosa/surpreendente que aconteceu com você durante um trabalho no
palco?
G.Hatoun:Teve uma ocasião que realmente foi esquisita, foi no
Monster of Rock como DrumTech do Aquiles Priester, no dia ele estava tocando
com a banda Primal Fear, ele tem a mania de mascar chiclete enquanto toca,
nesse dia no meio de uma música ele gritou algo que eu não entendi, eu fiquei
sem saber o que fazer, ele gritou novamente, eu não entendi de novo, pois eu
estava do lado dos monitores, quando cheguei mais perto para tentar entender eu
só tive tempo de desviar um pouco e veio aquela gosma branca de chiclete no meu
braço, dessa maneira eu acabei entendendo, o chiclete estava ruim e ele queria
um novo, foi engraçado.
G.Hatoun:Quero agradecer imensamente ao Força Metal BR e a
Laíse por essa oportunidade, apoio e espaço cedido mais uma vez, pois já tem
uma resenha do disco da Scars From The Last Fight aqui no site, o trabalho de
vocês é realmente muito bom, continuem apoiando o metal brasileiro como estão
fazendo, um grande abraço à todos e nos vemos nos palcos da vida!
>>Acompanhe o trabalho do Gabriel:
Gabriel Hatoun
Official Website: www.gabrielhatoun.wix.com/Official Facebook: www.facebook.com/
Official Youtube: www.youtube.com/
Gabriel Hatoun - DrumVideo (Relentless Reaper - Scars From The Last Fight)
Scars From The Last Fight
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Por: Laíse Moreira S.
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