Fabiano Penna nasceu em Porto Alegre/RS e reside atualmente em São
Paulo/SP. Já passou por várias bandas brasileiras desde 1990, quando começou a
tocar guitarra aos 14 anos, entre elas: Blessed, Rebaelliun, Horned God, The
Ordher e Andralls. Atualmente toca com o Rebaelliun, que acaba de gravar novo álbum
com lançamento previsto pra Maio de 2016 pela gravadora holandesa Hammerheart
Records.
Além da guitarra, Fabiano é um dos produtores mais requisitados de
Metal no Brasil, tendo já cooperado em estúdio com bandas como Andralls,
Blackning, Chaos Synopsis,... Distraught, Hibria, Rebaelliun, The Ordher, Inner
Demons Rise, Hatefulmurder, Unearthly.
Foto:Synara Rocha |
FMBR:Por que escolher a música?Por que ser guitarrista?
F.Penna: Ninguém escolhe a música, acho que existe uma pré
disposição pra se iniciar na música. Em
algum momento há um interesse grande em fazer arte e daí pra frente vai
depender exclusivamente da dedicação, disciplina, sacrifício e entrega pra isso
vingar ou não. Eu sempre tive muita música em casa, minha mãe tocava um pouco
de violão, tínhamos o instrumento em casa, cheguei a fazer algumas aulas de
violão popular entre a infância e a adolescência, aí quando comecei a ouvir
Metal, em 1990, foi natural meu interesse em tocar guitarra e já montar uma
banda, foi instintivo e imediato pra mim.
FMBR:Quais são as suas influências?Qual sua banda ou álbum
preferido?
F.Penna: Minhas influências são extremamente amplas, muita coisa de
fora do Metal também. Em termos de bandas, tive uma forte influência lá no
começo do Sepultura e Slayer, e mais pra frente de bandas como o Morbid Angel.
Consequentemente, caras como o Kerry King (Slayer) e Trey Azagthoth (Morbid
Angel) ajudaram bastante enquanto eu estava me desenvolvendo como guitarrista
de Metal extremo. Depois fui ouvir melhor e assimilar outras caras como Jimi
Hendrix, Zakk Wlylde e até o Slash, caras que têm uma sonoridade única e se
expressam numa linguagem bem mais ampla de forma geral. Também ouço muito
outros tipos de música, como música erudita, blues, country, trilha sonora de
cinema e outros. Acho que no Metal minha banda predileta é o Slayer, e meu
álbum preferido deles é o South of Heaven.
FMBR:Atualmente você se sente realizado(a) ou ainda tem objetivos
a serem conquistados?
F.Penna: Quando vejo caras como os Rolling Stones fazendo turnês
mundiais e gravando discos na idade deles (Charlie Watts tem 76 anos!), tenho
certeza que qualquer artista nunca vai estar realizado, sempre vai inventar um
novo objetivo. O que é diferente de ser grato. Sou muito grato por viver de
música há muitos anos, de seguir produzindo música, de aprender a cada novo
trabalho, conhecer gente do mundo inteiro, viajar, gravar, estar no palco, tudo
isso realmente foi algo que sonhei na adolescência e felizmente virou minha
realidade um dia.
FMBR:Qual o seu maior objetivo hoje?
Foto:Synara Rocha |
FMBR:O que te motiva?
F.Penna: Me motiva produzir música, ir pra estrada, estar envolvido
em projetos com pessoas interessantes, visionárias, que têm vontade de criar,
de produzir, de deixar algo. Me motiva receber mensagens de pessoas que ouvem o
meu trabalho e em algum momento se inspiram nele, que passam a acreditar que dá
pra viver de música vendo pessoas como eu, que vivem de música e seguem
correndo atrás do sonho. Isso é muito motivador.
FMBR:O que você acha da cena do rock/metal no Brasil hoje?
F.Penna: São cenas diferentes. A cena Rock é um pouco mais
profissional, mas é extremamente inconstante pra artistas nacionais. Ícones do
Rock internacional vêm pro Brasil todo ano e lotam estádios a preços absurdos,
o que me faz pensar que há sim público, só falta esse público também prestigiar
os artistas locais. No Metal o mercado ainda é um pouco amador, e por conta de
todos os participantes, desde às bandas ao público, passando pelas revistas,
gravadoras, produtores de shows. Mas já foi bem pior, quem tá nessa desde o
final dos anos 80 sabe que houveram avanços significativos, então o lance é
continuar puxando a cena pra se tornar cada vez mais profissional.
FMBR:Se tivesse a oportunidade de tocar em uma banda ou trabalhar
com alguém, quem seria?
F.Penna: Eu iria curtir muito estar numa gravação do Slayer, poderia
ser como assistente de estúdio ou até enrolando cabos, haha! Seria muito foda
ver meus ídolos trabalhando, criando, produzindo, fazer parte disso seria
certamente um sonho realizado.
FMBR:Força Metal BR agradece a disposição, confiança e tempo
gasto gentilmente para responder a nossa entrevista e deseja muito sucesso e
deixa o espaço livre caso queira dizer algo!
F.Penna: Muito obrigado à Laíse pelo convite pra falar aqui no Força
Metal BR, sempre positivo falar um pouco do trabalho e de música. Pra galera
que curte Metal extremo e leu a entrevista, podem achar mais sobre a minha
banda, o Rebaelliun, na fanpage da banda no Facebook, que é atualizada
diariamente. Nosso novo disco, The Hell’s Decrees, sai agora em Maio, tem muita
coisa interessante pra rolar pro Rebaelliun esse ano, fiquem ligados. Valeu!
Por: Laíse Moreira S.
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Bela entrevista, parabéns Fabiano!
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